“Acredite, tenha fé, eu sou Jesus de Nazaré, aquele que salvou por amor, o povo que te condenou, mas que mesmo assim nunca o abandonou.”
Deixe-se conduzir por Ele, como fez Jeremias, que ao receber o seu chamado. No início, alegou ser uma criança, que não sabia falar, mas Deus lhe dirigiu essas palavras: “Não digas: “Sou apenas uma criança”: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar. Não deverás temê-los porque estarei contigo para livrar-te.” Ainda completou ao estender Sua mão: “Eis que coloco minhas palavras nos teus lábios.” Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos.
A intimidade com Deus e com suas escrituras, a aproximação com a Sagrada Comunhão e o sacramento da reconciliação, a direção espiritual aliada a uma profunda paciência e silenciosa escuta da voz de Deus são grandes ferramentas para um bom discernimento. Quando colocamos nossa vida diante de Deus significa começarmos uma aventura com Ele, em que tentamos decifrar Suas mensagens. Assim como Maria, confie em Deus, mesmo que hoje, pareça impossível ou improvável realizar esse desígno.
A vocação é algo muito importante na vida de um cristão, precisamos vivência-la com toda fidelidade, dedicação e doação. Muitas pessoas ainda não descobriram o que Deus sonhou para suas vidas. Mesmo assim, todos nós temos certeza de que Ele só quer e deseja o melhor para seus filhos. Não devemos perder a esperança em seu amor misericordioso. Não tenhas medo de dizer "Sim" à Deus. Tenha coragem, confie, entregue sua vida em Seu projeto de amor. No fundo do seu coração já está tudo escrito, mas é preciso acalmar as águas, para que o lodo também não suba e atrapalhe sua visão. “ Se Deus quer alguma coisa, mais cedo ou mais tarde a realizará, tu, no entanto, arma-te de grande paciência.” ( Diário de Santa Faustina, 270).
Por isso é importante ter um diretor espiritual, alguém que possa ajudar no discernimento dessas vozes, e assim, possa ajudar você a dar passos sólidos em direção a Santa Vontade de Deus. São Domingos, ao se aproximar de Dom Bosco, seu diretor, disse essas lindas palavras: “Eu sou o tecido, o Senhor é o costureiro. Faça de mim um belo vestido para o Senhor.”
Podemos receber nosso chamado através de pessoas, acontecimentos, retiros, convite pessoal , seja como for, o importante é conseguir entende-lo e coloca -lo em prática. Nossa fé é fundamental, ela é a luz que nos guia nesse processo de discernimento vocacional.
Não conseguimos discernir sozinhos nossa vocação. Além de ter um profundo relacionamento com o Cristo, precisamos diferenciar as “vozes” que geralmente aparecem. Essas vozes podem ser: a nossa própria vontade, a voz de Deus e a voz do demônio tentando confundir ainda mais.
Para cada um de nós é feito esse convite, porém somos livres para aceita - lo ou não. Os homens são chamados ao sacerdócio. Já as mulheres são convidadas para uma vida consagrada mas ambos podem ser chamados a viver outro tipo de vocação, como o matrimônio ,serem pessoas leigas ou viverem em uma comunidade de vida.
Quando recebemos o sacramento do batismo somos chamados a santidade, a sermos testemunhas vivas de seu amor e assim seguir Seus ensinamentos.”Sede santos, porque eu sou santo.” (1Pedro 1,16). Precisamos estar com o coração aberto, comprometidos com uma vida de oração ativa e de profundidade, estarmos vigilantes e atentos. “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” ( Mateus 26, 41). Assim, conseguirmos dar importantes passos para compreendermos nosso chamado quando Ele nos fizer.
A primeira vocação que recebemos é o chamado a vida. Somos criados a imagem e semelhança de Deus. “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher” (Gênises, 1- 26). Já na vocação humana aprendemos a conviver, dialogar e a se relacionar com Cristo e os irmãos. “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (João 13, 34).
Você já fez essa pergunta a Ele? Se ainda não, que tal fazer essa experiência? A vocação não é exatamente a mesma coisa que escolher, se dedicar a uma profissão, mas a diferença é bem simples : na profissão eu faço, na vocação eu vivo. Existem diversas vocações e todas são importantes para a construção do Reino de Deus. Devemos nos deixar conduzir pelo infinito amor do Pai sem medo, pois quando nos criou, sonhou e planejou cada momento de nossa vida com muito amor e carinho. Devemos responder a esse chamado com alegria e confiança, como fez a jovem Beata Chiara Luce: " Por ti Jesus, se Tu queres, eu também quero. "
Todos nós temos uma vocação. Em uma determinada fase da vida, precisamos decidir no que iremos trabalhar, qual faculdade fazer e certamente essa pergunta vem perturbar, e muito, a cabeça dos jovens cristãos : "Afinal, o que Deus quer de mim?"
"A medida de uma vida afinal não é sua duração, mas sua doação!"
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